As Sombras da Igualdade Já Cobrem A Sociedade

 “A fina flor do profano só pode crescer na vizinhança íntima do sagrado” – C. S. Lewis




Assisti ao  documentário “What is a Woman”, do escritor americano Matt Walsh. Uma excelente oportunidade de reflexão sobre os rumos do ativismo político e judicial pró minorias e suas evidentes consequências na vida dos cidadãos e das famílias. 


Matt Walsh entrevista pessoas dos dois lados da questão, gente envolvida com o ativismo “Queer”, “Woke” e outros termos que pretendem dar alguma autenticidade a esses movimentos de desconstrução da vida em prol do surgimento de um “novo homem”,  aquela história que já conhecemos desde a boa e velha União Soviética, embora esse pessoal não goste muito de ser relacionado ao falecido regime de Stalin e outros, ou finge que não gosta.

Entre os entrevistados estão psicólogos, políticos, médicos, acadêmicos, e populares.  Destaque para o primeiro congressista LGBT norte americano,  e descendente de asiáticos, Mark Dakano, que encerrou abruptamente sua participação no documentário porque achou que falar de banheiros era inapropriado à questão.  Ou seja, para ele é aceitável um homem que se sinta mulher dividir o banheiro com meninas de verdade.  

Terminei a leitura do clássico de C.S Lewis, “Cartas de um diabo a seu aprendiz”, e seria chover no molhado dizer que estou impressionado com o realismo das maldades ali expostas, e como é fácil identificar-se com fatos muito atuais, apesar do livro ser dos anos 40.  É quase a mesma situação de Orwell, com o seu eterno 1984, que praticamente é uma pintura do que vivemos hoje.  Isso torna inevitável pensar: Será que a vida imita a arte, ou arte imita a vida?  Destaco o capítulo final, onde a questão da igualdade é demonstrada de maneira muito clara, com o exemplo do estudante preguiçoso que não pode ser considerado inferior ao dedicado e esforçado, tudo em nome da igualdade democrática.

A jovem filósofa Bruna Frascolla, em sua coluna na Gazeta do Povo, nos mostra como a democracia da igualdade permite casos como a da legislação Holandesa, que deverá aprovar uma lei onde a eutanásia em jovens será apenas uma questão de autorização dos pais.  A comparação com a época no nazismo é muito pertinente, pois os nazistas ainda tentaram esconder suas atrocidades, o que não está acontecendo hoje. As repúblicas assumiram o papel de transformar o absurdo em normal, em nome de igualdades democráticas que em nada respeitam os valores de honestidade de caráter, de respeito à vida e de amor ao próximo.

A inevitável verdade do texto de Lewis dos anos 40, que passa por Orwell  se revela  cada vez mais imutável no documentário de Walsh e nas colunas da filósofa baiana Bruna. Quem não acredita, é porque ainda não percebeu que já está dormindo sob a Sombra da Igualdade. E é diante desta igualdade que verá seus valores mais honestos caírem no relativismo moral que permite a degradação dos costumes da humanidade.

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