Vivendo no limite entre a decência e a decadência, esse post não será interrompido pela propaganda eleitoral.
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| Memento Mori - To This Favour - William M Harnett - 1879 |
Sinais de Progresso
Aqui em Juiz de Fora a treta é por conta do barulho
nos bares da Av. Itamar Franco. Moradores reclamam
do barulho e que os frequentadores fazem as necessidades fisiológicas nas
calçadas. O que mais me admira é que encontraram calçadas para urinar. É o progresso chegando.
Derrubem esse Muro
O baixista ativista Roger Waters, que não é levado a sério desde o final dos 80,
andou escrevendo
cartinha (modinha dos democratas de iPhone) criticando a postura nacionalista da Ucrânia, que está em guerra com a Mãe
Rússia. Teve, portanto, seus shows cancelados na Polônia, aliada dos
ucranianos. Aquele show com os muros de
isopor e Scorpions eram bem mais legais, mr. Waters.
Melhor que Selfie
O filme de terror húngaro Post Mortem – Fotos do Além, de 2021 é
uma excelente produção para quem gosta de filmes com a atmosfera lúgubre, cinza
e que as cenas ficam assustadoras mesmo durante o dia. O longa metragem remonta à
uma época muito esquisita, porém interessante, onde os europeus tinham a mania
de fotografar os cadáveres dos seus entes queridos como
se estivessem vivos. Temos que admitir que essas fotos
eram infinitamente melhores que muitas selfies que vemos nas redes sociais, mas
nem todos estão preparados para essa conversa.
BBC dá curso grátis.
Para não dizer que fujo das pautas políticas, vou indicar
esse post aqui da
minha querida BBC que explica o que é ser corrupto. Uma espécie de curso
online sobre o tema. Dependendo de quem ganhar no dia 02 de outubro,
pode ser útil.
A Beleza que Importa
O filósofo britânico Roger Scruton produziu em 2009 o
documentário “Por que a Beleza Importa”. Uma verdadeira aula imersiva sobre a
importância da beleza na nossa vida, e os reflexos do abandono da vocação artística
em favor da arte conceitual e moderna, que precisa sempre de uma explicação. Você
pode conferir aqui.
Doutor da Palavra e das Virtudes
Acabo de ler a biografia de São João da Cruz, escrita
por Pedro Paulo di Bernardino. Frei João viveu na Espanha entre 1542 e 1591.
Foi adepto de uma reforma espiritual intensa para a ordem que conhecemos como
os Carmelitas Descalços. Amigo pessoal de Santa Tereza D’Ávila,
além de um mestre espiritual, foi um poeta da contemplação mística da ação de
Deus no mundo. Canonizado em 1726 e alçado à condição de Doutor em 1926. Para
os mais distraídos e roqueiros, é dele o poema que Paulo Coelho utiliza
na canção Água Viva, gravada por Raul Seixas. Mas sua obra mais
pura é cantada pela carmelita Kelly Patrícia, com muita beleza, ternura
e inspiração.
Ao ler a vida e obra de Frei João, a sensação de vergonha é
inevitável, quando se comparando aquilo que temos como parâmetro de virtude nos
tempos modernos.
Seguimos em frente, tentando fazer o melhor, obrigado pelas leituras e até a próxima!