A Renúncia ao Silêncio Promove a Mentira

As inúmeras postagens de indignação e que relativizam o terrorismo no Oriente Médio revelam o vazio intelectual daqueles que sempre se julgaram bons. 



Segundo alguns amigos, essa é uma menor aprendiz

Cresci ouvindo muitos amigos, supostamente letrados, dizerem que não gostam de judeus. Na minha inocência, eu imaginava que, ali,  houvesse histórico pessoal, que tenha permitido a eles terem tal opinião. 

Penso que, ao passar da infância, qualquer opinião do ser humano passa a ser justificada por experiência, influência e busca por conhecimento. 

Outro ponto que, ao lembrar hoje, me chama a atenção, é que o assunto nunca foi sobre os judeus. Falávamos sobre comércio, injustiças sociais, política, e várias vezes, sem nenhum tipo de provocação, alguém colocava os judeus no assunto, e esbravejava sobre como sua cultura e forma de agir tornou a nossa sociedade insuportável e desigual.  

Nunca discuti, nunca dei atenção, mesmo porque os poucos judeus que conheço são pessoas de grande sabedoria e respeito ao próximo. Pessoalmente, nunca fui ofendido por um deles e reafirmo minha admiração religiosa pelos seus costumes, afinal, Jesus, o meu mestre eterno, era judeu. Maria, a quem celebramos ontem, judia, uma filha de Belém.

Eram outros tempos. Não havia ofendidos. A discussão era ali, e depois mudava-se de assunto e voltava-se ao trabalho, ao que interessava.  Hoje, temos a falsa sensação de que estamos próximos às realidades que discutimos nas redes sociais. Um grande erro, principalmente em se tratando de brasileiros, acostumados a ignorar livros, pesquisa e conhecimento, infantilizados e adeptos de correntes de pensamento oriundas do colegial e das universidades aparelhadas pelo pensamento anti-Ocidente. 

O brasileiro que está nas redes sociais continua achando que está numa disputa dominical de Passa ou Repassa. Pode-se vomitar qualquer coisa, desde que haja aplauso, vibração ou reverberação. 

Mas, logo ali, do outro lado da história, há uma organização terrorista que se utiliza das demandas legítimas de um povo, exatamente como as bandeiras vermelhas que temos por aqui.  A diferença é que essas pessoas não ligam para rede social, não ligam para opiniões, regras ou religião. Não há perspectiva fora daquilo em que eles acreditam. 

Fazem um grande favor ao mundo, aqueles que, conscientes da sua ignorância, silenciam, e apenas fazem, ou rezam, para que haja solução.

Que haja paz, silêncio e reflexão. 


sejam Livres.